DOENÇA DE LYME

O QUE É A DOENÇA DE LYME?

Também chamada de Borreliose de Lyme, é uma zoonose causada pela espiroqueta Borrelia burgdorferi, um tipo de bactéria. Ela pode atingir várias espécies de animais, incluindo o cão e o cavalo.

COMO É TRANSMITIDA?

É transmitida pela mordida do carrapato infectado do gênero Ixodes. É necessário que os carrapatos fiquem aderidos à pele, sugando o sangue do hospedeiro, por várias horas para haver a transmissão.

PRINCIPAIS SINTOMAS:

No homem: é caracterizada por uma lesão cutânea que se inicia por uma pequena mácula ou pápula vermelha que aumenta lentamente, tomando forma anular. Pode ser única ou múltipla, e é denominada eritema migratório (EM). Os sintomas são inespecíficos: mal-estar, febre, cefaléia, rigidez da nuca, dores musculares, dores articulares e íngua. Podem durar várias semanas ou mais quando a doença não é devidamente tratada. Decorridas algumas semanas do início do EM, podem surgir alterações neurológicas – como meningite, paralisia facial, e encefalite – e distúrbios cardíacos. Meses após os sintomas iniciais, podem surgir edemas (inchaço) nas articulações, principalmente joelhos, que desaparecem e reaparecem durante vários anos. A doença pode demorar muito tempo para se manifestar.

Nos animais: caracteriza-se pela dor e comprometimento progressivo de diversas articulações. Outros sintomas possíveis: febre, perda do apetite, letargia, emagrecimento progressivo, meningite e problemas cardíacos. Cães e cavalos contaminados com a Borrelia, podem não apresentar sintomas evidentes, ou até mesmo nenhum sintoma.

COMO EVITAR A DOENÇA:

As medidas de prevenção são basicamente as mesmas para a Febre Maculosa.
Investigação epidemiológica com busca ativa de casos e verificação da extensão da área onde os carrapatos transmissores estão presentes (delimitação dos focos).
Ações de educação em saúde sobre o ciclo de transmissão para impedir que novas infecções ocorram e evitar que os indivíduos transitem onde há suspeita da existência dos carrapatos.

Orientação de moradores, turistas e trabalhadores da área: proteção do corpo com calças e mangas compridas de cores claras; inspeção da pele a cada 4 horas para pesquisa de carrapatos transmissores e, caso algum seja encontrado, sua remoção imediata com as mãos protegidas por luvas e pinças, para evitar o maceramento do corpo do carrapato e a permanência do aparelho bucal na pele do indivíduo.
Adotar medidas para redução das populações de carrapatos em animais e ambiente.

IMPORTANTE !

No Brasil, já foram detectados focos da doença em São Paulo, Santa Catarina e no Rio Grande do Norte.