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Vieira Fazenda e Noronha Santos, em seus escritos, confirmam que as terras dos Barata constituíram parte das "Terras realengas do Campo Grande", que pertenciam a freguesia de Campo Grande, criada em 1673 e desmembrada da primitiva freguesia de Irajá. Destacam ainda as terras dos Barata como um dos pontos de referência da região.
A importância da região para a cidade do Rio de Janeiro sempre foi de grande valia. Era por onde passava a estrada Real de Santa Cruz, atravessando de leste a oeste, traçando o caminho que ligava o Rio a São Paulo e Minas. Nos meados do século XIX, os militares ocupam grande parte destas terras e, cerca de vinte anos depois, inaugura-se a estação realengo da Estrada de Ferro Central do Brasil. Estes acontecimentos apressaram o desenvolvimento da região.
Nesta época, entre os inúmeros sítios, destacava-se o do Capitão Luiz Barata, cujas terras iam desde a Estrada Real de Santa Cruz, até a do Monteiro. Seus proprietários eram conhecidos como senhores de engenho ou fazendeiros campo grandenses. Suas terras destacavam-se não só pela extensão territorial, como também pela existência de uma lavoura de subsistência, plantações de cana e capim para pastagem, além de produção de artefatos cerâmicos.
As terras dos Barata foram tão importantes para a região que, um de seus morros passou a chamar-se Serra dos Barata.
O povoado de Realengo transforma-se em bairro. Nas terras dos Barata, aquelas que restaram, desenvolveu-se uma grande produção de laranjas para exportação. Mais tarde, com a decadência da laranja, surgiu a banana e a área passou a ser conhecida também pelo nome de Fazenda do Bananal ou de D. Maria do Bananal.
A criação do Parque Natural Municipal dos Barata, um pólo cultural, ecológico e educativo para a comunidade de Realengo, prevê ainda a restauração da casa-sede, tratamento paisagístico e recuperação ambiental da cobertura florestal.
- Pesquisa arqueológica;
- Reconstrução da sede da Fazenda dos Barata;
- Implantação do Parque Municipal, inclusive projeto desenvolvido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente;
Propõe-se a execução com recursos municipais através do Fundo de Conservação Ambiental. Valor dos Investimentos:
Reconstrução da Sede: R$ 1.033.729,00
Implantação do Parque: R$ 4.950.250,00
Período de execução: 06 MESES
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