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Novo projeto esportivo da Prefeitura
aposta no sucesso do badminton

Sucesso nos Jogos Pan-Americanos Rio 2007 – com a conquista da medalha de bronze pela dupla Guilherme Kumasaka e Guilherme Pardo –, o badminton é a nova aposta dos projetos socioesportivos da Prefeitura do Rio. Trata-se de uma modalidade de fácil aprendizado, que pode ser praticada por pessoas de todas as idades e com baixo custo: duas raquetes, rede, peteca e faixas para marcação do campo.

O Município vai distribuir mil kits de badminton para implantar, até o fim de 2007, 20 núcleos do esporte no Rio. Quatro serão pólos de alto rendimento, com treinamento para competições. Os outros 16 desenvolverão o trabalho de iniciação na modalidade. Alunos e alunas que se destacarem nas escolinhas serão encaminhados aos centros de treinamento.

Os pólos funcionarão no Centro Esportivo Municipal Miécimo da Silva (Campo Grande), Greip da Penha, Parque da Vizinhança Dias Gomes (Deodoro) e Vila Olímpica do Mato Alto, em Jacarepaguá, que será inaugurada até o final desse ano. Nos arredores de cada um deles, haverá quatro núcleos de iniciação.


Escolinha


A experiência da Prefeitura com o badminton teve início em 2001, quando começaram as atividades da primeira escolinha, no ginásio do Miécimo da Silva. Hoje, o centro esportivo de Campo Grande possui cerca de 70 alunos (entre meninas e meninos) que aprendem badminton às terças e quintas-feiras, em turmas distribuídas no período das 8h30 às 17h30. Nos demais dias da semana, não é raro que alguns alunos se reúnam em espaço ao lado da pista de atletismo e, apenas com a rede montada, improvisem uma partida.

Mas não são apenas crianças e jovens que praticam o esporte. Ao verem os mais novos jogando no ginásio do Miécimo, os alunos da terceira idade que fazem atividades físicas no local pediram para participar também das aulas. Nasceu, então, uma turma especial para adultos e idosos, freqüentada por mais de 25 alunos, também às terças e quintas, das 9h às 10h30.

Manuel Carneiro, 68 anos, é um deles. “Comecei a praticar badminton porque o movimento dos olhos para acompanhar a peteca faz bem a minha vista. Até o meu oftalmologista atestou o benefício”, contou. Com vigor invejável, Manuel participa também das aulas de natação, hidroginástica, ginástica e dança no centro esportivo da Prefeitura.


Capacitação


Um novo projeto relacionado ao esporte que fez sucesso no Pan Rio 2007 está em implantação. Em parceria com a Federação Estadual de Badminton, a Prefeitura começou, em agosto, um curso para capacitar e selecionar professores de educação física que ensinarão badminton nos 20 núcleos.

Com quatro módulos de um dia, compostos por aulas teóricas e práticas, a capacitação é ministrada no Centro Miécimo da Silva. A primeira turma de 70 professores concluirá o curso na primeira quinzena de setembro. Devido ao grande número de inscrições, a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SMEL) organizará um segundo grupo de capacitação.

Da escolinha para as competições

Frutos da escolinha de badminton do Centro Esportivo Municipal Miécimo da Silva, em Campo Grande, adolescentes treinam com seriedade e responsabilidade para participar de campeonatos estaduais. A última competição foi o IX Torneio Cidade do Rio de Janeiro de Badminton, realizado no Miécimo nos dias 25 e 26 do mês passado, e contou com a participação de 12 jogadores formados na casa.

Victor Carvalho, 17 anos, que pratica a modalidade desde 2004 no centro da Prefeitura, alcançou a categoria A e foi um dos responsáveis pelas 14 medalhas que a equipe conquistou. “Vou continuar treinando para conseguir subir para a categoria A especial (a mais alta do esporte). É bom saber que o esporte está sendo valorizado e existem pessoas interessadas em começar a praticar”, disse.

Integrante do grupo feminino, Hávila Cristie Secundo, 16 anos, também se destacou no torneio. Ela conquistou um ouro na prova individual B e uma prata na dupla mista A, passando da categoria B para A. Com os resultados, credenciou-se para disputar o próximo campeonato regional, em dezembro, em Volta Redonda. “Sempre procuro dar o máximo nas competições, porque é o meu esporte”, afirmou Hávila.

Seguindo os passos dos irmãos vitoriosos, Maíra Carvalho, 16 anos, irmã de Victor, e Rafaela Secundo, 17 anos, irmã de Hávila, ambas da categoria C, treinam para garantir vitórias em dobro para a família. “Comecei a treinar porque sempre tinha que esperar o término do treino de badminton do meu irmão. Tomei gosto e agora não penso em parar”, contou Maíra.


Exemplo de superação

O adolescente Rodrigo Alminhas, 16 anos, é exemplo de como o esporte pode ser valioso na superação de dificuldades impostas pela vida. Ainda menino, ele teve uma infecção no joelho que exigiu amputação da perna esquerda. Com a ajuda de uma prótese mecânica, começou a praticar badminton no Miécimo há quatro anos. “Eu fazia natação. Vendo os outros treinarem badminton, fiquei interessado e acabei me encontrando nesse esporte”, relatou o jovem.

Rodrigo é, em todo o país, o único atleta especial da modalidade que disputa competições com não deficientes. Na categoria E, já ganhou três medalhas em torneios municipais e estaduais. Mas ele pretende ir ainda mais longe, fazendo do badminton sua profissão. “Vou me inspirar em atletas paraolímpicos para me tornar um deles”, afirmou Rodrigo.



Texto: Pedro Martins (Assessoria de Comunicação da SMEL) e
Lissandra Torres (estagiária da SECS)
Fotos: Leandro Marins


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