Pessoa com Deficiência

 

 

Compreender as diferenças e lutar por uma sociedade mais inclusiva: Esta é a essência do trabalho feito pela Casa Dia e Centro Dia, programas da Gerência de Promoção Socioeducativa Integral da Prefeitura do Rio de Janeiro e da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência que promove a inserção de pessoas com necessidades especiais da população de baixa renda. As unidades estão localizadas em São Conrado, Campo Grande, Jacarepaguá e na Penha. Cada uma delas atende a cerca de 20 pessoas e oferece também oficinas.

A Casa Dia é um programa voltado para crianças e adolescentes com deficiência que necessitem de atenção integral. O funcionamento é semelhante ao de uma creche onde os pais que trabalham podem deixar seus filhos. O Centro Dia é direcionado a jovens e adultos, oferecendo oficinas de artesanato, arte, cultura e lazer, música e comunicação ampliada.

A unidade de São Conrado ocupa o 10º andar do Centro Municipal da Cidadania Rinaldo de Lamare. Em funcionamento há cerca de um ano e meio, o núcleo dispõe de equipe multidisciplinar de fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia e assistência social que atende aos moradores da localidade e adjacências.

O foco é o desenvolvimento global dos usuários. A supervisora Fernanda Alves Mello explica que o objetivo do programa é a capacitação da pessoa portadora de alguma deficiência para o convívio social em ambientes como escola e espaços públicos. “O atendimento de reabilitação aqui é sócio-educativo, não tem perfil de tratamento médico”, ressalta.

Atualmente, a unidade de São Conrado atende a nove usuários em regime integral, das 7h às 17h, na Casa Dia. Já no Centro Dia, 20 pessoas participam duas ou três vezes por semana de oficinas, pela manhã ou à tarde. Há também atividades extracurriculares, como passeios culturais, para que os usuários saiam do ambiente doméstico e possam interagir com a sociedade. Para os que têm dificuldade de acesso, a Prefeitura disponibiliza transporte.

A assistente social Maria das Graças de Souza acredita que os passeios são oportunidades importantes de inserção das pessoas com deficiência no convívio social. “Com certeza isso contribui muito para a inclusão”, afirma. “A partir do momento em que podem ir a um museu, a um teatro ou à praia, eles estão caminhando junto com a sociedade. A gente percebe isso quando conversa com os pais.”

A equipe da Casa Dia conta com cuidadores treinados para auxiliar as pessoas que possuem algum tipo de dificuldade na realização de tarefas cotidianas, como ir ao banheiro, vestir-se ou alimentar-se.

Para ser um cuidador é necessário ter ensino médio completo e fazer um curso de capacitação no Centro Rinaldo de Lamare que ensina a cuidar e, acima de tudo, respeitar a pessoa com necessidades especiais. Mas é no convívio diário com os usuários que esse aprendizado se aprimora de maneira concreta e definitiva.


Cuidadora, a companheira sempre presente


A professora Maria Catarina Montes Ferreira, que há dois anos é cuidadora na unidade de São Conrado, descreve a rotina da Casa Dia: "Depois do café-da-manhã, nos reunimos para o Bom-Dia, que é uma forma de integrar todo o pessoal. Depois, cada um de nós acompanha os usuários nas atividades, auxiliando no que for preciso.”

Responsável por Francisca Souza Nunes, de 16 anos, que se locomove em cadeira de rodas e tem leve deficiência mental, Catarina destaca que o ponto forte dessa relação é a confiança entre o profissional, o deficiente e os pais. “Eu busco a Francisca em casa e a minha relação com a família dela é ótima. Eles confiam no meu trabalho”, afirma.

Segundo Catarina, “é uma experiência nova e satisfatória”. Em seu trabalho de cuidadora, ela utiliza uma comunicação alternativa, para facilitar a compreensão de Francisca e aumentar seu grau de entendimento.

Para ser beneficiado pelo serviço da Casa Dia e do Centro Dia, o solicitante passa, inicialmente, por uma avaliação feita pela equipe de atendimento. O encontro deve ser previamente agendado na unidade mais próxima da residência do usuário.

 

Texto: Fábio Fernandes (SECS) e Sarita Yara (estagiária da SECS)
Fotos: Alberto Jacob (SECS)

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