Cultura







O Rio ganhou no último sábado, 16 de junho, o Centro de Referência da Música Carioca, um espaço com estúdio de gravação e auditório com 200 lugares dedicado à memória, criação, pesquisa e ensino da rica diversidade musical da Cidade. O novo equipamento cultural que a Prefeitura oferece aos cariocas está localizado na Rua Conde de Bonfim, 824, na Tijuca, em um palacete tombado pelo Patrimônio Histórico.

A restauração do imóvel durou quase dois anos e exigiu investimento de aproximadamente R$ 3,7 milhões. Dessa forma, a Prefeitura deu prosseguimento a uma de suas principais ações desenvolvidas através da Secretaria Municipal das Culturas. Com a recuperação de antigos imóveis e sua transformação em centros culturais são atingidos dois objetivos: preservar o patrimônio da Cidade e melhorar a qualidade da população, multiplicando os meios de acesso à cultura.

O Centro de Referência da Música tem como diretor artístico o saxofonista e compositor Mário Sève e como curadores a harpista Cristina Braga e o compositor Moacyr Luz. A programação já está definida. Todo mês, será realizada no palacete da Conde de Bonfim uma jornada de referência, abordando a obra de um compositor ou um estilo musical. Sève anunciou que, no segundo semestre deste ano, entrará em funcionamento a Escola de Música, que oferecerá cursos de iniciação, teoria musical e instrumentos, e oficinas de diferentes gêneros musicais, técnica de gravação, produção e história da música carioca.

Até 19 de agosto, o público poderá visitar a exposição do artista gráfico Elifas Andreato, com mais de 100 pinturas e painéis de importantes nomes da música carioca, como Chico Buarque, Cartola, Noel Rosa e Paulinho da Viola. A mostra "Elifas Andreato, Traços Cariocas'' pode ser vista de terça a sexta-feira, das 10h às 18h. A entrada é gratuita. Até o final do mês de junho haverá shows às sextas-feiras e aos sábados, com Moacyr Luz, Cristina Braga e o quinteto Nó em Pingo D`água, que tem como integrante Mário Sève.

Há mais de quatro décadas, Elifas Andreato assina capas de discos, livros, espetáculos, cenografia, cartazes, projetos gráficos e editoriais, marcando sua presença na história política, social e artística brasileira. Ele é autor de mais de mil desenhos e obras de arte, a maior parte deles tendo como suporte final capas de disco, livros, cartazes, jornais e revistas - espaços que acabaram decidindo os rumos de sua arte. "Foi a forma que encontrei para expressar a minha posição diante dos acontecimentos do mundo e, principalmente, do Brasil", afirma.

Capas de discos de Paulinho da Viola, Chico Buarque, Clementina de Jesus e Pixinguinha e cartazes de peças de teatro estreladas por Paulo Autran e Othon Bastos foram algumas das criações premiadas do artista. Muitas tornaram-se raridades de colecionadores, por representarem ícones da defesa da autêntica cultura brasileira.

Elifas Andreato nasceu em Rolândia, no Paraná, em 1946. Ao longo de sua carreira, atuou nas mais diversas frentes. Dirigiu programas televisivos, fundou órgãos da imprensa, como Opinião e Argumento, concebeu capas de livro e cartazes. Mas talvez sua face mais conhecida seja mesmo a de capista dos velhos LPs. Ao longo de sua carreira, calcula que tenha produzido em torno de 400 trabalhos – capas antológicas de praticamente todos os grandes nomes da música popular brasileiro.



Texto: Caroline Ribeiro (Assessoria de Comunicação Social - SMC)
Fotos: Eduardo Rocha (Assessoria de Comunicação Social – SMC)


 

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