Carnaval

 
Se vai chover, olho vivo no Alerta Rio

Setor 13: um espaço de inclusão no maior Carnaval do mundo

No Setor 13 do Sambódromo, palco das escolas de samba, existe um lugar especial. É o espaço de 500m² onde a ampla estrutura de acessibilidade implantada pela Prefeitura assegura a pessoas com deficiência o direito de assistir ao desfile com conforto e segurança, acrescentando ao espetáculo do Carnaval carioca o toque da inclusão social.

A área da Passarela Professor Darcy Ribeiro – nome oficial do Sambódromo –, reservada aos espectadores especiais, dispõe de dez banheiros adaptados, praça de alimentação e rampas para facilitar a circulação em todas as dependências. No local, atua uma equipe de 12 profissionais treinados para interagir com pessoas com as mais variadas deficiências, além de um grupo do Corpo dos Bombeiros destacado para atendimentos de emergência.

Para os dias de desfiles, a Prefeitura disponibiliza ingressos no Setor 13 para pessoas com deficiência, com direito a um acompanhante. A iniciativa do Rio ganhou repercussão nacional, atraindo deficientes de outros estados que vêm assistir aos desfiles.

A secretária municipal da Pessoa com Deficiência, Leda Azevedo, ressalta o exemplo de cidadania e inclusão social dado pelo Rio: “O objetivo é que o Carnaval seja acessível a todos, independentemente da questão financeira e das dificuldades físicas”.

A equipe que atua no Sambódromo inclui profissionais que também têm algum tipo de deficiência, o que garante um serviço adequado às reais necessidades dos usuários. No Carnaval de 2007, Luciana de Novais, paraplégica em conseqüência de um tiro que atingiu a coluna, foi uma das convidadas do Setor 13.

Lúcio Davi, integrante da equipe que trabalha no Sambódromo, disse que, depois do impacto causado pela chegada inesperada de Luciana, ficou gratificado quando soube que, pela primeira vez desde o trágico acontecimento, ela saía de casa à noite. “A gente teve que puxar um ponto de luz para ligar os  aparelhos que mantinham ela viva, mas no final deu tudo certo e ela pôde curtir o espetáculo”, contou. 

No início de janeiro, um grupo de dez deficientes vistoriou o espaço destinado a eles no Sambódromo, para verificar a infra-estrutura e a acessibilidade. Uma equipe da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência fará a inspeção final, para garantir a participação de 300 pessoas com necessidades especiais na maior festa popular do mundo.

 
Texto: Sarita Yara e Fábio Fernandes (estagiários da SECS)
Fotos: Aurelino Gonçalves (Assessoria de comunicação da SMH)


Imprimir


Copyright © Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro