Os 150 alunos das turmas de Educação Infantil
da Escola Municipal Alagoas, em Pilares, Zona Norte
da Cidade, vivem um momento muito especial e que, certamente,
ficará para sempre em suas memórias. Todos
os dias, uma criança de cada uma das seis turmas
da Educação Infantil é escolhida
por ordem alfabética e tem a oportunidade de
levar a réplica do boneco Cauê para casa.
O mascote do Jogos Pan-americanos Rio 2007 passa um
dia inteiro com o aluno. A iniciativa faz parte do projeto
pedagógico da escola, cujo tema principal são
os Jogos Pan-americanos. O objetivo é aproximar
a família da comunidade escolar, incentivando
a participação dos alunos através
de relatos escritos ou através de fotos a cerca
de tudo o que aconteceu durante a visita do mascote.
O
projeto, denominado “Meu Amigo Cauê”,
teve início no mês de março, quando
a professora Jurema Martins Vieira, da classe de Educação
Infantil, sugeriu para os alunos a criação
de um boneco de pano. Com a proximidade do PAN, foi
escolhido o mascote Cauê. As seis réplicas,
uma para cada turma do pré-escolar (três
pela manhã e três à tarde), foram
confeccionadas pela costureira Maria Izidora Costa,
ex-aluna e hoje amiga da escola. Os bonecos ficam na
sala dos professores e, no final da aula, são
entregues às crianças. De acordo com a
coordenadora pedagógica da escola, Andréa
Pinto Fernandes, inicialmente, os alunos conheceram
o mascote sem saber que poderiam levá-lo para
casa, para que não criassem expectativas. Mas
logo descobriram que poderiam passar o dia com o amigo
Cauê.
- É possível perceber claramente a expectativa
que cada criança cria até chegar sua vez
de levar o boneco para casa. A experiência tem
sido muito positiva. Os alunos se sentem importantes
e os pais aprovam o projeto -, contou Andréa
Fernandes.
Através
desta iniciativa, a escola vem trabalhando diversos
aspectos para formação das crianças
na fase pré-escolar, como desenvolvimento de
hábitos de cortesia e respeito, regras de convívio,
ampliação do vocabulário, construção
da identidade, entre outros objetivos pedagógicos.
O sucesso do projeto tem sido comprovado por professores
e pela direção da escola, através
dos relatos enviados por familiares, como o de Camila
Marçal, de 5 anos. A pequena estudante contou
que o seu dia com Cauê foi inesquecível.
“Levei meu amigo para passear e almoçar.
Depois fomos a Madureira junto com meu pai. O Cauê
adorou”, relatou a pequena estudante.
Já
a aluna Rafaela Debossan Ribeiro, 4 anos, levou o mascote
ao mercado para fazer compras, junto com sua mãe.
À noite, Rafaela dormiu ao lado de Cauê,
na cama de seus pais. “O dia foi muito divertido
e o Cauê pôde até brincar no computador.
Vou sentir saudades dele. Agora só encontro meu
amigo na escola”, lamentou.
De
segunda a sexta-feira, a réplica do boneco Cauê
passa cada dia na casa de um dos alunos. Nos fins de
semana, o boneco é levado para a casa das professoras,
quando aproveitam para lavá-lo e fazer alguns
reparos necessários. O projeto terminará
no mês de julho, quando será realizada
uma exposição sobre trabalhos relativos
ao PAN e apresentado o “Diário do Cauê”,
com relatos e fotos das crianças contando como
foi o dia com o mascote.
Cauê é alegre,
esportista e apreciador de todas as modalidades
de esporte dos Jogos Pan-Americanos Rio 2007.
Respeitador da natureza, ele tem a cara do Rio
de Janeiro, uma cidade conhecida em todo o mundo
por sua alegria e pelo clima de Sol e calor. Representante
dos ideais olímpicos, ele compreende também
todas as línguas das Américas. Além
disso, pela primeira vez na história dos
Jogos Olímpicos e Pan-Americanos o mesmo
mascote vai integrar os Jogos Pan-americanos e
Parapan-Americanos num exemplo dos valores olímpicos
de igualdade e da não discriminação.
O
nome Cauê vem do tupi, é um nome
próprio, possivelmente derivado de auê,
uma saudação tupi que significa
salve! Em dicionários de nome próprio,
significa homem bondoso que age com inteligência.
Alguns escritores afirmam, ainda, que Cauê
é uma bebida tupi (Kawi) que confere poderes
de bondade e sabedoria. De acordo com o folclore
nacional, o nome também tem ligações
com a miscigenação de raças,
pois teria sido dado ao filho do cacique Ararê
com uma branca, a francesa Amanda.
Escolhido
em eleição através de voto
popular, Cauê recebeu 465.408 votos na disputa
com outros dois nomes: Kuará e Luca. No
dia 6 de agosto de 2006, o mascote ganhou sua
“certidão de nascimento”,
nos pés do Cristo Redentor e, desde então,
vem representando o maior evento esportivo das
Américas.
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