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O Centro Integrado de Atenção à Pessoa com
Deficiência Física (Ciad) Mestre Candeia, vinculado
à Secretaria Extraordinária Deficiente-Cidadão,
iniciou em abril deste ano Projeto Casa Brasil, destinado à
inclusão digital e social. Em parceria da Prefeitura do Rio
com o Governo Federal, pessoas com deficiência recebem capacitação
em informática para ingresso no mercado de trabalho.
Dividido
em dois ciclos, com duração de dois meses, o Casa
Brasil oferece cursos de informática básica, HTML
e manutenção de computadores. No primeiro ciclo, inscreveram-se
cerca de 150 alunos – dez turmas de informática e quatro
de manutenção de computadores. “Logo no primeiro
dia de inscrição as turmas foram fechadas”,
conta a coordenadora, Monique Portela.
Do
total de inscritos em abril, 50% tinham alguma deficiência.
“O projeto é voltado para todos, mas as pessoas com
deficiência têm marcado presença e ainda trazem
os parentes para fazer o curso. Ou seja, 100% das turmas são
ligadas às pessoas com necessidades especiais”, destaca
Monique.
O
projeto dispõe de laboratório de informática,
para cursos de manutenção, montagem e conserto de
computadores; sala de pesquisas e estudo; e telecentro, com 20 computadores
ligados à internet em banda larga, para treinamento dos alunos
no sistema operacional Linux, software livre.
Monique
explica que o objetivo principal do projeto é a informação.
“A nossa finalidade é que, por meio da inclusão
digital, as pessoas com deficiência possam ter acesso à
informação. Este é o foco principal do projeto”,
enfatiza.
O segundo ciclo, iniciado em 9 de julho, conta com 28 inscritos
que têm necessidades especiais. Para eles, há uma sala
de pesquisas onde podem complementar seus estudos. “A sala
oferece estudo dirigido, voltado para a educação especial”,
informa a coordenadora.
No momento, estudam no Ciad Mestre Candeia cinco turmas de informática
básica, uma de HTML e quatro de manutenção
de computadores. O professor responsável pelos iniciantes
é Adriano Alexandre Pereira, 20 anos. “Nós procuramos
adequar as aulas da melhor maneira possível para atender
a todos, principalmente aos alunos especiais”, relata. Os
alunos aprendem a usar o editor de texto, digitar, elaborar planilhas
e a utilizar a internet.
Em
vista do sucesso, já se pensa em ampliar a capacidade de
atendimento do Projeto Casa Brasil. Na avaliação da
coordenadora Monique Portela, “com mais dez computadores,
poderemos aumentar a demanda de inscritos”. |