A
terceira edição dos Jogos Parapan-Americanos,
que acontecem esta semana no Rio, é uma oportunidade
valiosa para ampliar o debate sobre as barreiras arquitetônicas
à acessibilidade. Essa é a expectativa
de 50 pessoas com deficiência e profissionais
ligados ao movimento paradesportivo que visitaram, na
quinta-feira passada, dia 9, a Vila Olímpica
da Gamboa e a Cidade dos Esportes do Município
do Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, um dos locais
das competições.
A
visita foi um dos eventos do Seminário Internacional
A Pessoa com Deficiência e o Esporte: O Caminho da Inclusão
Social, organizado pela Secretaria Extraordinária do
Deficiente-Cidadão, em parceria com a Federação
das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e órgãos
dos governos estadual e federal.
Nas
instalações do Parque Aquático Maria
Lenk, local das provas de natação, os visitantes
constataram o empenho da Prefeitura em dotar a Cidade de um
equipamento que assegura o máximo de acessibilidade
a atletas e público com necessidades especiais, dentro
de uma concepção moderna.
Além
de acessos para pessoas que se locomovem em cadeiras de rodas,
há sinalização com informações
em braile e assentos para obesos, tanto no Parque Maria Lenk
quanto na Arena Poliesportiva, outro equipamento da Cidade
dos Esportes.
Na
avaliação do grupo, a Vila Olímpica da
Gamboa, no Centro, também oferece boa acessibilidade,
apesar de não haver rampas na entrada. Emília
Alves, cadeirante, 51 anos, acredita que o Parapan ajudará
a acelerar o processo de inserção social das
pessoas co deficiência.
Para
José Flávio, 37 anos, também cadeirante,
o maior problema que as pessoas com deficiência
enfrentam no Rio é com relação
ao transportes públicos. Ele ressaltou que "nós
não queremos apenas criticar, mas colaborar para
que a inclusão ocorra na prática".
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