Parapan Rio 2007





Pessoas com deficiência esperam
que Parapan torne a Cidade
mais acessível

A terceira edição dos Jogos Parapan-Americanos, que acontecem esta semana no Rio, é uma oportunidade valiosa para ampliar o debate sobre as barreiras arquitetônicas à acessibilidade. Essa é a expectativa de 50 pessoas com deficiência e profissionais ligados ao movimento paradesportivo que visitaram, na quinta-feira passada, dia 9, a Vila Olímpica da Gamboa e a Cidade dos Esportes do Município do Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, um dos locais das competições.

A visita foi um dos eventos do Seminário Internacional A Pessoa com Deficiência e o Esporte: O Caminho da Inclusão Social, organizado pela Secretaria Extraordinária do Deficiente-Cidadão, em parceria com a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e órgãos dos governos estadual e federal.

Nas instalações do Parque Aquático Maria Lenk, local das provas de natação, os visitantes constataram o empenho da Prefeitura em dotar a Cidade de um equipamento que assegura o máximo de acessibilidade a atletas e público com necessidades especiais, dentro de uma concepção moderna.

Além de acessos para pessoas que se locomovem em cadeiras de rodas, há sinalização com informações em braile e assentos para obesos, tanto no Parque Maria Lenk quanto na Arena Poliesportiva, outro equipamento da Cidade dos Esportes.

Na avaliação do grupo, a Vila Olímpica da Gamboa, no Centro, também oferece boa acessibilidade, apesar de não haver rampas na entrada. Emília Alves, cadeirante, 51 anos, acredita que o Parapan ajudará a acelerar o processo de inserção social das pessoas co deficiência.

Para José Flávio, 37 anos, também cadeirante, o maior problema que as pessoas com deficiência enfrentam no Rio é com relação ao transportes públicos. Ele ressaltou que "nós não queremos apenas criticar, mas colaborar para que a inclusão ocorra na prática".



E o repórter, o que acha?

Os Jogos Parapan-Americanos simbolizam o começo de uma visão mais inclusiva da Cidade em relação às pessoas com necessidades especiais. E, sobretudo, o inicio de políticas afirmativas que, efetivamente, incluam a questão da acessibilidade nos transportes e lugares públicos como preocupação permanente por parte da sociedade e do Estado, em todos os níveis.

Com o Parapan, abre-se uma grande oportunidade para que as autoridades considerem a temática da acessibilidade como algo que trará benefícios efetivos não apenas às pessoas deficientes, mas também agregará dividendos à imagem da Cidade.

A Prefeitura do Rio vem implementando com sucesso uma política pública de inclusão das pessoas com deficiência. O modelo concebido para alunos com necessidades especiais nas unidades de ensino do Município do Rio é referência nacional de experiência educacional bem-sucedida.

A criação da Secretaria Extraordinária do Deficiente-Cidadão sinalizou o compromisso da Prefeitura com a temática da inserção social da pessoa com deficiência. Tomara que, com o Parapan, se acelere ainda mais esse processo.


Texto: Fabio Fernandes (estagiário da SECS)
Fotos: Adriana Medeiros (Secretaria Municipal de Assistência Social)





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