Cultura




A cidade do Rio de Janeiro, que já conta com o Planetário da Gávea, na Zona Sul, ganhará novo espaço público para difusão de ciências e astronomia na Zona Oeste: o Planetário da Cidade das Crianças Leonel Brizola. Com investimento de R$ 5,8 milhões, a Prefeitura pretende descentralizar o acesso à produção cultural, levando aos moradores de Santa Cruz e bairros vizinhos conhecimentos sobre o Universo.

No novo Planetário, vinculado à Secretaria Municipal das Culturas, foi investido R$ 1.240.000,00 em equipamentos digitais de última geração, tipo fulldome, que permitirão ao público contemplar imagens digitalizadas de estrelas, planetas, satélites, asteróides e cometas projetadas em uma cúpula hemisférica. Adquiridos em 2007, estes equipamentos foram escolhidos por meio de uma licitação modelo pregão internacional realizada por essa Secretaria.


Moradora de Santa Cruz e freqüentadora da Cidade das Crianças há quatro anos, Rogéria Nascimento, aguarda com ansiedade a inauguração do equipamento. “Vou poder aproveitar bastante porque é perto de casa. Nunca fui ao Planetário da Gávea e tenho curiosidade de saber como é. Agora, vou ter a chance de conhecer, participar de cursos, palestras e me aprofundar nos assuntos da astronomia”, afirma.

O espaço terá uma cúpula de projeções climatizada com capacidade para 95 pessoas, lanchonete, salão de exposições temporárias, sala para estudos e divulgação de ações contra o aquecimento global. Esta sala também comporta um cinema digital para exibições de filmes em parceria com a Riofilme. Haverá ainda um auditório multiuso. Revestida externamente por folhas de cobre, que garantem maior durabilidade e impedem a passagem de água, a cúpula receberá uma iluminação monumental oferecendo assim um efeito visual especial aos que passarem pelo local durante a noite.

A idéia é atrair um público cada vez maior, principalmente, de crianças e adolescentes para participar de atividades e eventos gratuitos que serão oferecidos. Para Uesley Pereira Santos, morador de Campo Grande e aluno da Escola Livre de Teatro da Cidade das Crianças, a construção do Planetário foi, sem dúvida, a melhor coisa que aconteceu. “Para nós, que moramos tão distante da Gávea, é uma oportunidade de aproximar a comunidade de assuntos e conhecimentos antes inacessíveis. Realmente é um ganho para a região”, comemora.

A planta do Planetário tem forma radial estelar e prevê aproximadamente 1.900 m² de área construída. A arquitetura será ambientalmente correta, com iluminação e ventilação naturais, além de sistema alternativo de ar condicionado que possibilita o gerenciamento do consumo de energia. O prédio terá também um sistema de proteção de descarga atmosférica, que impede a incidência de raios no local.



O projeto inclui ainda sistema de aproveitamento de água da chuva, que será direcionada do terraço a duas caixas de passagem, em seguida a um filtro e um reservatório, onde duas bombas farão a transferência para o jardim e banheiros. Uma proteção térmica sobre a laje diminuirá a temperatura no ambiente interno. O auditório, a cúpula e a sala de equipamentos receberão tratamento acústico, atendendo às normas técnicas exigidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

A construção do Planetário, iniciada em agosto de 2006, está sob a responsabilidade da Riourbe, Empresa Municipal de Urbanização, vinculada à Secretaria Municipal de Obras, com projeto de autoria da Fundação Planetário. Com 70% da obra já concluída, a previsão é de que até o final do ano o público possa desfrutar do novo espaço, quando todos os equipamentos estarão em funcionamento.

 

Texto:
Juliana Romar (SECS)
Felipe Hanower (estagiário SECS)
Fotos:
Eliane Carvalho (SECS)

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