O
Projeto Acorde, um dos mais importantes
projetos de formação musical da cidade do Rio de Janeiro,
é uma escola de formação de músicos
concertistas e grupos corais, especialmente dedicados a meninos
e meninas, de 7 a 13 anos de idade, de comunidades carentes. Criado
no ano passado, o Acorde foi desenvolvido a partir da parceria entre
a Secretaria Municipal das Culturas e a Orquestra Sinfônica
da Cidade do Rio de Janeiro e é uma ação importante
da Prefeitura do Rio para multiplicação do acesso
aos bens e produtos culturais. O projeto começou a ser desenvolvido
no Centro Cultural José Bonifácio, na Gamboa, e já
atende a 300 jovens de comunidades próximas e de outros bairros
da cidade, como Santa Teresa e Jacarepaguá. No final do ano
passado, eles formaram um coral e se apresentaram no Centro Cultural
José Bonifácio acompanhados da Orquestra Mirim da
Escola Villa-Lobos. Em 2007, serão implantados novos núcleos
do Acorde na Rocinha, em São Conrado e em Copacabana.
O
projeto reúne crianças e adolescentes de comunidades
carentes em núcleos de ensino musical de qualidade, motivando
o pleno exercício da cidadania. Segundo a professora de música
Noemi Uzeda, que dá aulas no Centro Cultural José
Bonifácio, o projeto estimula a integração
social, além de abrir novos horizontes culturais e perspectivas
profissionais para os jovens. A musicalidade de cada participante
depende muito da capacidade auditiva. “O aluno quando chega
no curso, passa por uma avaliação para saber qual
é o seu grau de aptidão para a música”,
explicou Noemi. Ela acredita que a música pode ser um instrumento
de transformação social. Inês de Oliveira de
Souza, mãe de Eduardo de Oliveira, 12 anos, estudante de
técnica vocal, acha que a música, além de ajudar
a educar, faz com que os jovens fiquem mais seguros de si. “Meu
filho, por exemplo, mudou muito depois que passou a freqüentar
os cursos do Acorde, ele está mais calmo, mais seguro e também
muito interessado nos estudos escolares”, afirmou Inês,
dona-de-casa e moradora de Copacabana.
O
ensino da música, além de conter aspectos lúdicos
que despertam o interesse e
promovem o entretenimento, é um comprovado estímulo
à expressão e à sociabilização
do indivíduo. Segundo Luiz Benedini, diretor da Orquestra
Sinfônica Brasileira, o Acorde investe no atendimento sociopsicológico
e educacional das crianças e na integração
social. “O projeto propicia a convivência de integrantes
de diferentes grupos sociais. Compreendemos que, através
dessa aproximação, é possível construir
um futuro mais justo para este país”, ressaltou
Benedini.

O diretor do Centro Cultural José Bonifácio, Carlos
Feijó, acredita que o conhecimento do universo da música
erudita é importante para os alunos: “Os jovens
já possuem uma musicalidade espontânea própria
e o projeto é uma grande oportunidade deste contato com a
música e com os instrumentos”, afirmou Feijó.

A Prefeitura do Rio, através da Secretaria das Culturas,
promove a inclusão cultural e amplia os investimentos na
qualificação da cidade como pólo de excelência
da música. A Cidade Maravilhosa é cantada em versos
e prosas e todas as suas manifestações musicais têm
recebido apoio da SMC. O patrocínio da OSB, nos últimos
cinco anos; a construção da Cidade da Música,
maior hall sinfônico do mundo, que será a nova sede
da orquestra; a construção do Centro de Referência
da Música, na Tijuca, dedicado ao ensino e à pesquisa
de ritmos brasileiros e as inaugurações das Lonas
Culturais de Jacarepaguá e da Ilha do Governador, são
exemplos que legitimam essa política pública.

Os cursos do Projeto Acorde funcionam
às segundas-feiras, das 14h30 às 16h30 e aos sábados,
das 10h30 às 12h30, no Centro Cultural José Bonifácio,
que fica na Rua Pedro Ernesto, 80, na Gamboa – Telefones:
2233-7754 ou 2233-6255.
Texto: |
Ricardo
Rodrigues (SMC) |
Fotos: |
Eduardo Rocha (SMC) |
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