Campanhas
de adoção e educação ambiental,
esterilização gratuita e ouvidoria para
denúncias sobre maus-tratos a animais. Estas
são algumas ações desenvolvidas
pela Secretaria Especial de Promoção
e Defesa dos Animais – SEPDA, com o objetivo
de reduzir a população de animais abandonados
nas ruas da cidade, contribuir para repressão
de crimes contra a fauna e conscientizar a população.
Com a inauguração do novo Centro de
Triagem, mais moderno e espaçoso, um número
maior de animais, mesmo silvestres, poderão
ser alojados e tratados.
Campanhas
de adoção: em busca de um lar
para animais domésticos

De
2006 a 2007, a SEPDA registrou um aumento de cerca
de 38% nas adoções, que são realizadas
quinzenalmente em diferentes espaços públicos
da cidade, reduzindo a população de
animais desabrigados. Adotar um dos muitos cães
e gatos na fila de espera não é difícil,
basta assinar um termo de compromisso e estar atento
às orientações sobre posse responsável,
guarda, cuidados específicos, saúde
e controle da população animal, para
uma convivência harmônica. Os animais
adultos são encaminhados para adoção
já castrados e os filhotes aguardam o tempo
certo, até que possam ser submetidos à
cirurgia. Ela é realizada num dos minicentros
da SEPDA e, no retorno para a esterilização,
os animais são reavaliados por uma equipe de
veterinários, que verificam as condições
nas quais estão sendo cuidados. Mas não
são somente cães e gatos os animais
disponibilizados para a adoção. Em 2007,
o número de adoções de eqüinos
aumentou cerca de 18% em relação ao
ano anterior.
Esterilizações:
controle da população animal
Tal
qual as adoções, o número de
esterilizações também cresceu,
nesse mesmo período, em cerca de 3%. A cirurgia
pode ser feita gratuitamente em um dos minicentros
instalados pela SEPDA em Bonsucesso, Praça
Seca, Realengo e Largo do Machado. Anteriormente,
já estiveram em Campo Grande, Olaria, Recreio,
Copacabana e no Méier, pois o Programa Bicho
Rio é itinerante. Os minicentros permanecem
em cada um desses bairros até completar o atendimento
à população local. Quando a população
de animais da área se estabiliza, os técnicos
transferem o centro para outra área, na tentativa
de ampliar o atendimento para outras regiões
do município. Depois de três anos, o
que funcionava no bairro do Méier foi transferido
para o Largo do Machado, a fim de atender as zonas
Sul e Centro, onde há uma grande demanda em
espera.
O
atendimento é dirigido principalmente à
população carente, que, na maioria das
vezes não dispõe de recursos para levar
o animal ao veterinário e, conseqüentemente,
termina por abandonar as ninhadas indesejadas nas
ruas. Com a disponibilização desse serviço,
reduzindo a população de animais abandonados,
há também um grande benefício,
no campo da saúde pública, pela diminuição
das chances de transmissão de zoonoses, que
encontram nos animais abandonados importantes reservatórios
e fontes para o repasse de doenças.
Para
castrar o animal é preciso dirigir-se ao minicentro
mais próximo de sua residência portando
carteira de identidade e comprovante de residência.
O cadastramento é realizado às sextas-feiras,
para agendar a esterilização para a
semana seguinte.
Protetores
Voluntários: aliados da SEPDA
Todo
esse controle da população animal conta
com a colaboração de protetores voluntários,
que são pessoas que se oferecem para ajudar
no recolhimento de animais da rua e, também,
cuidar de colônias existentes em lugares públicos.
Hoje a SEPDA tem cadastrados cerca de 110 protetores
voluntários que, muitas vezes, abrigam animais
em suas casas para, em seguida, encaminhá-los
para adoção. Além disso, o Centro
de Controle de Zoonoses, resgata animais em vias públicas,
que são esterilizados, cuidados e dependendo
da idade e do comportamento, disponibilizados para
adoção.
Para
tornar-se protetor voluntário basta efetuar
um cadastro na sede da SEPDA. Aqueles que já
possuem um abrigo ou utilizam sua residência
como abrigo, recebem técnicos para uma vistoria,
que examinam as condições do local e
desenvolvem um planejamento para atender melhor o
protetor. Esses voluntários contam com um minicentro
reservado para esterilização dos animais
sob sua guarda. Veterinários também
podem tornar-se voluntários. Para isso, basta
comparecer à sede da SEPDA munidos de currículo
e passar por uma entrevista.
Fazenda Modelo: um novo Centro de
Triagem de animais domésticos e silvestres

As
obras de modernização e ampliação
do Centro de Triagem da Fazenda Modelo, localizado
na Estrada da Matriz, 4.445, em Guaratiba, terminaram
no ano passado. O local está sendo equipado.
Além de canil, gatil, cocheiras para eqüinos,
recinto para triagem de animais silvestres e viveiro
para pássaros, o espaço contará
com laboratórios, clínica para esterilizações
e eventuais atendimentos clínicos aos animais
ali abrigados. Haverá, também, um cantinho
para a educação ambiental, que será
visitado por estudantes e educadores em capacitação.
Segundo
o subsecretário da SEPDA, Luiz Paulo Meira
Lopes do Amaral, nenhuma outra municipalidade tem
este nível de estrutura para trabalhar com
animais. “É um trabalho pioneiro no Brasil,
que existe em outros países como Estados Unidos
e Espanha, mas de forma muito mais tímida.
As obras custaram 1,4 milhão de reais enquanto
em Madri, por exemplo, onde o Centro de Proteção
Animal não possui 5% da área do nosso,
custou mais de 8 milhões de euros”.
Ouvidorias:
ouvidos a postos para resolver casos de maus tratos
contra animais
Denúncias
de maus-tratos contra animais, de tráfico,
criação irregular e animais abandonados
podem ser feitas à ouvidoria da SEPDA, através
dos telefones 2503-4577 e 2503-4564. Cada caso é
registrado e, em situação extremas,
os denunciantes são orientados a acionar a
Polícia, uma vez que maus-tratos contra animais
é um crime previsto em leis federal e municipal.
Exposição
do animal ao Sol, mantê-lo em ambiente sujo
com sede e sem alimentação, também
são considerados maus-tratos, sujeitos à
auto de infração e até multa,
num valor que pode chegar a R$ 2 mil, variando os
atenuantes e agravantes. Diante do flagrante, o animal
pode ser removido. Em casos excepcionais, os veterinários
convencem o proprietário a entregar o animal
para adoção. Só na falta de outras
alternativas, é que a Polícia é
acionada. O proprietário é orientado
sobre como lidar com o animal, processo que é
supervisionado pelos veterinários, que retornam
ao local três vezes após a advertência,
para verificar se o animal está sendo bem tratado.
As
denúncias de tráfico de animais são
repassadas para o Ibama, que tem poder de polícia
através da patrulha ambiental. Além
de receber denúncias, a ouvidoria também
informa sobre as ações da Secretaria,
como esterilizações, campanhas de adoção
e legislação de proteção
aos animais.
Texto: |
Renata
Fontoura (SECS)
Denise Rodrigues (SECS) |
Fotos: |
Eliane
Carvalho
(SECS)
Nelson Duarte (SMS)
Eduardo Rocha (SMC) |