Previ-Rio
Na primeira fase do programa, realizada nos meses de maio e junho, foram distribuídos mais de 80 equipamentos, entre órteses e próteses, num custo total de R$ 564.916,40. O objetivo do auxílio é oferecer maior grau de autonomia, independência e capacidade de deslocamento do servidor. Com isso, o funcionário adquire melhora na sua qualidade de vida e capacidade para executar maior número de atividades. “Veio em muito boa hora, é uma iniciativa realmente maravilhosa”. Assim o agente de administração aposentado Aroldo Alves, 73 anos, manifesta seu contentamento por finalmente ter podido adquirir seu primeiro aparelho auditivo, após mais de 35 anos do surgimento do problema no ouvido. “Nunca tive a oportunidade, o equipamento é muito caro”, diz. Aroldo, que se aposentou há cerca de 20 anos, tem uma longa folha de bons serviços prestados à Prefeitura durante quase meio século, inclusive tendo participado da elaboração do Estatuto do Servidor, a Lei 94. “O aparelho tinha um valor muito alto, R$ 8 mil, que felizmente tive a oportunidade de poder receber”, complementa. Joaquim Pereira Martins Neto, 61 anos, trabalhou durante 42 anos na Prefeitura. Após um derrame na artéria carótida, teve que se aposentar. Ele começou sua carreira como servente e chegou à chefia do setor de documentação médica, sem uma falta sequer. Joaquim ficou parado por quatro anos. Atualmente, faz fisioterapia e quer voltar a trabalhar em breve. A cadeira de rodas motorizada que ganhou através do programa do Previ-Rio será de grande valia, já que utilizava uma cadeira manual em precário estado. Totalmente adaptado, Joaquim afirma estar muito feliz com esse novo meio de locomoção.  A professora de Inglês Rosângela Martins, que teve poliomielite na infância, sempre enfrentou dificuldades para se locomover e trabalhar. “Agora vou poder adquirir duas órteses de fibra de carbono, muito mais leves que a atual; novos calçados ortopédicos e ainda uma cadeira de rodas para percorrer distâncias maiores”, conta. Rosângela implantou na Escola Municipal Visconde de Porto Seguro, em Sulacap, o projeto Trocando cartas com o mundo, que possibilita aos seus alunos se corresponderem com crianças de outros países. Ela diz que os novos equipamentos vão lhe permitir cumprir a jornada normal de trabalho e a coordenação do projeto com muito mais conforto e segurança. “O professor precisa se movimentar muito”, ressalta. Outro professor do Município, Edson da Rocha Mendes está hoje de licença médica. Ele sofreu um deslocamento na patela (osso do joelho) direita e tem outros problemas ortopédicos, como artrose - lesões decorrentes da falta da perna esquerda que seriam amenizadas ou curadas se ele usasse uma prótese. Com o auxílio recebido do Previ-Rio, Edson pôde comprar o aparelho que necessitava. “Foi excepcional. Acredito que se o auxílio não existisse, nunca conseguiria comprar o equipamento e não sei até quando continuaria inativo”, diz. “Meu corpo está com problemas, mas com a prótese ele volta ao equilíbrio e, assim, posso tocar minha vida profissional”. “Uma pessoa em idade produtiva, quando perde uma perna ou fica paraplégica, tem a vida profissional ceifada. Aposenta-se, deprime-se, afasta-se da vida social e torna-se excluída”, declara a médica Sandra Lobo, coordenadora da Coordenação dos Programas de Reabilitação, da Secretaria Municipal de Saúde. Para Sandra, oferecer órteses e próteses a servidores ativos é uma forma de melhorar as condições de trabalho do funcionário: "isto é incluir de novo".
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