Assistência Social

 

Programa Municipal de Melhorias Habitacionais já beneficia mais de 20 comunidades de baixa renda

Escola Carioca de Habitação Popular - Prefeitura do Rio

O Programa Municipal de Melhorias Habitacionais, coordenado pela Escola Carioca de Habitação Popular, é mais uma iniciativa desenvolvida pela Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) em parceria com o Governo Federal para promover a inclusão da população de baixa renda.

Direcionado a pessoas com deficiência física ou mental e alunos do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) que escolheram o curso de capacitação profissional em construção civil, o programa faz melhorias para adaptar as residências às necessidades de cada beneficiário, tendo como foco a melhoria da qualidade de vida.

As obras abrangem reparo e reforma de instalações hidráulicas, construção de rampas de acesso e serviços de acabamento em geral. O trabalho é realizado por jovens moradores de mais de 20 comunidades de baixa renda da cidade, dentre elas Rocinha, Favela do Aço, Morro dos Macacos, Mangueira, Cidade de Deus, Acari, Complexo do Alemão, Vigário Geral, Jacarezinho e Morro da Providência, sempre sob a orientação de professores habilitados.

Parte do financiamento do programa é proveniente do IGD (Índice de Gestão Descentralizada) do programa Bolsa Família, ProJovem e Fundo Municipal de Assistência Social.

Mais de 700 residências atendidas 

Criado em outubro de 2006, o Programa Municipal de Melhorias Habitacionais já reformou mais de 700 residências em toda a Cidade. Os moradores beneficiados são idosos e pessoas com deficiência física ou mental inscritos no programa Bolsa Família e selecionados pelo Núcleo de Direitos Humanos da SMAS e pela Fundação Municipal Lar Escola Francisco de Paula (Funlar).

A paraibana Maria Farias da Silva, de 51 anos, mora na Rocinha desde que chegou ao Rio de Janeiro, em 1977. Ela divide a casa, situada na entrada da comunidade, com Carlos Alberto, filho mais novo de 17 anos que teve paralisia cerebral. “Quando o Carlos nasceu percebi que ele precisaria de uma atenção especial e total”, contou. A dedicação integral ao filho exigiu que parasse de trabalhar.  “O salário mínimo que recebo vai quase todo para os remédios do Carlos. Sem a ajuda do Melhorias Habitacionais, eu não teria condições de reformar a casa”.

Maria soube da existência do programa no Posto de Saúde da Rocinha. Ela indicou aos técnicos quais seriam as melhorias na residência que garantiriam mais segurança e conforto para o filho. As obras começaram com a construção de um corrimão na escada externa de acesso à laje, local do lazer de Carlos. “Às vezes ele subia a escada correndo, era muito perigoso. Agora ficou bem mais seguro”, aprovou.

Para melhorar as condições de higiene na casa, o banheiro foi ampliado. A reforma inclui também novas instalações hidráulicas e construção de uma pia na área externa. “O banheiro era muito feio e Carlos adorou como ele ficou. Na pia nova ele escova os dentes e lava o rosto todos os dias”, completou Maria, olhando para o filho.

Carlos antes e depois

Outra beneficiada pelo programa é Osória Mendes, de 65 anos. Desde que chegou à Rocinha vinda de Minas Gerais, na década de 1970,  ela já residiu em seis diferentes endereços na comunidade. Quando jovem chegou a compartilhar algumas dessas moradias com a família, mas hoje mora sozinha.

Depois de trabalhar por vários anos em casas de família, hospitais e supermercados, Osória sofreu em 2003 um derrame cerebral que paralisou parte dos movimentos no lado direito do corpo. “Fiquei muito mal na época. Só recebi alta depois de oito meses de fisioterapia”, relatou.

Arriscando-se nas escadas e vielas, ela mantinha a rotina diária de visitas à Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR). Lá, soube que o Melhoria Habitacionais seria implantado na Rocinha. Os coordenadores do projeto foram à residência de Osória e autorizaram a obra.

As barras de apoio fixadas nas paredes e o corrimão construído na escada de acesso à casa permitem que ela se movimente com segurança.  As roupas e a louça são lavadas em uma pia especial.  “Agora eu posso andar dentro de casa. A obra foi tão boa que, depois que eu for para o céu, essas melhorias ainda ficarão aqui por muito tempo”, brincou.

Bem-humorada, Osória consegue manter a qualidade de vida com os equipamentos que garantem sua mobilidade.  “De vez em quando eu falo para tudo mundo com um sorriso de orelha a orelha que a Prefeitura do Rio tem me ajudado muito”, concluiu.

Dona Osória antes e depois

Texto
Pedro Vianna (Assessoria de Comunicação Social da SMAS)
Fotos Adriana Medeiros

 


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