Greve geral pela jornada de 8 horas
Um dos primeiros movimentos grevistas dos operários da cidade do Rio de Janeiro paralisou as oficinas e fábricas, tendo a direção dos sapateiros e dos tecelões. A mobilização dos operários foi feita através do Centro das Classes Operárias, associação que defendia a jornada das oito horas diárias para os trabalhadores. O desenrolar da greve foi marcado pelo típico comportamento dos patrões à época, que demitiram os operários grevistas e chamaram a polícia para reprimir os comícios. O movimento operário, porém, continuou mobilizado. Em 1906, ocorreu uma grande greve dos sapateiros que, ao final de dois meses de paralisação, nos quais o seu sindicato contou com a solidariedade da maioria dos outros sindicatos da cidade, conseguiu conquistar algumas de suas reivindicações. Em 1911, 1913, 1917 e 1920 ocorreram novas greves operárias, reivindicando a implantação das 8 horas diárias de trabalho, além de aumentos salariais, melhores condições de trabalho, fim das demissões e dos maus-tratos dos mestres. Porém, apenas em 1920, a jornada de 8 horas diárias foi implantada para a maioria das categorias de trabalhadores fabris do Rio de Janeiro.

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