Metrô rasga os subterrâneos da cidade
Finalmente, em 1970, depois de acaloradas discussões e propostas, tiveram início as obras de construção do Metrô do Rio de Janeiro, que cortaria diversas ruas e bairros da cidade. O descrédito da população e da mídia com relação a tão grande empreendimento, principalmente em uma cidade cercada por morros e situada à beira-mar, levou-os a criticar o primeiro trecho aberto, que ligava a Glória à Cinelândia, dizendo que essa era uma extensão que se percorria facilmente a pé.

Na primeira fase de sua implantação, o trem subterrâneo ligou a Tijuca a Botafogo, passando pelos bairros do Estácio, do Centro, da Glória, do Catete e do Flamengo. Vários imóveis foram desapropriados e demolidos em função do projeto traçado para o Metrô. Nos largos da Carioca e do Machado, a obras do Metrô exigiram supressão de logradouros e a demolição de prédios tradicionais, como o Tabuleiro da Baiana e o bar Lamas, caso mais ilustrativo, pois reunia a boêmia carioca. Por outro lado, também creditou-se erradamente ao Metrô, em episódio nebuloso da história da cidade e nunca claramente explicado, a demolição do palácio Monroe. As primeiras estações foram inauguradas no início dos anos 80, com cerimônias que contaram com a presença do presidente da República.

Retorna à página anterior