Augusto
Candido Xavier Cony foi professor público de instrução
primária na Freguesia de Santana, na Corte Imperial (Rio
de Janeiro), tendo ainda mantido escola particular própria.
Em 1872, juntamente com um grupo de professores públicos
e primários da Cidade do Rio de Janeiro, se envolveu
na direção e redação do semanário
"A Instrução Pública", publicação
do governo, aberto à expressão de diferentes correntes
de pensamento sobre educação. O semanário
surgiu após um "Manifesto dos Professores",
assinado por trinta e cinco professores que reivindicavam melhores
condições de ensino e salários. A participação
do Cony no periódico caracterizou-se pela defesa do professorado
e pelas denúncias do descaso governamental pela educação,
motivo pelo qual entrou em diversas polêmicas com autoridades
do governo, inclusive com Rui Barbosa. Foi um defensor dos "Asilos
Infantis" para a educação de crianças
pobres, livres e libertas (Lei do Ventre Livre). Foi autor de
diversos artigos sobre educação e do livro "Morte
de um Professor Público". Foi Diretor da primeira
Escola Normal da Cidade do Rio de Janeiro. Por seus méritos,
foi condecorado com a Ordem da Rosa. Foi um pioneiro na defesa
dos professores públicos.