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Escola Municipal Machado de Assis
Endereço: Rua Dias de Barros, 150 - Santa Teresa
Tipo: Especial (6 salas)
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.Inauguração - 22 de novembro de 1934
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Joaquim Maria Machado de Assis nasceu na cidade do Rio de Janeiro, a 21 de junho de 1839. Com a morte de sua mãe, foi criado pela madrasta, Maria Inês, que se dedicou ao menino e o matriculou na escola pública, a única que freqüentaria o autodidata Machado de Assis.

Criado no Morro do Livramento, com a morte do pai, em 1851, Maria Inês, o levou para São Cristóvão. Mesmo sem ter acesso a cursos regulares, empenhou-se em aprender. Aos 16 anos, publicou seu primeiro trabalho literário, o poema "Ela", na revista "Marmota Fluminense", de Francisco de Paula Brito.

Com 17 anos, conseguiu emprego como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Nacional, e começou a escrever durante o tempo livre. Conheceu o então diretor do órgão, Manuel Antônio de Almeida, que se tornou seu protetor. Colaborou em diversos jornais e, em 1861, publicou seu primeiro livro com o título “Queda que as mulheres têm para os tolos”, onde apareceu como tradutor.

Publicou seu primeiro livro de poesias em 1864, sob o título de “Crisálidas”. Em 12 de novembro de 1869, casou-se com Carolina Augusta Xavier de Novais.

Seu primeiro romance, “Ressurreição”, foi publicado em 1872. Com a nomeação para o cargo de primeiro oficial da Secretaria de Estado do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, estabilizou-se na carreira burocrática, que seria o seu principal meio de subsistência durante toda a vida. Sua primeira peça teatral foi encenada no Imperial Teatro Dom Pedro II em junho de 1880, escrita especialmente para a comemoração do tricentenário de Camões, em festividades programadas pelo Real Gabinete Português de Leitura.

Em 1881, assumiu o cargo de oficial de gabinete do Ministério da Agricultura, Comércio Obras Públicas. Publicou, nesse ano, “Memórias Póstumas de Brás Cubas” um marco do realismo na literatura brasileira. Extraordinário contista, publicou “Papéis Avulsos” (1882), “Histórias sem Data” (1884), “Várias Histórias” (1896), “Páginas Recolhidas” (1889), e “Relíquias da Casa Velha” (1906).

No final do século XIX, Lúcio de Mendonça lançou a idéia de se criar uma Academia Brasileira de Letras. Machado, desde o princípio apoiou a proposta e compareceu às reuniões preparatórias. No dia 28 de janeiro de 1897, quando se instalou a Academia, foi eleito presidente da instituição, cargo que ocupou até a morte, ocorrida no Rio de Janeiro, a 29 de setembro de 1908. Sua oração fúnebre foi proferida pelo acadêmico Rui Barbosa.

Foi o fundador da cadeira número 23, e escolheu o nome de José de Alencar, grande amigo, para ser seu patrono.

Por sua importância, a Academia Brasileira de Letras passou a ser chamada de Casa de Machado de Assis.

Sua obra divide-se em duas fases: romântica e parnasiano-realista, quando desenvolveu inconfundível estilo desiludido, sarcástico e amargo. O domínio da linguagem é sutil e o estilo preciso, reticente. O humor pessimista e a complexidade do pensamento, além da desconfiança na razão, no seu sentido cartesiano e iluminista, fazem com que se afaste de seus contemporâneos.

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