A
Escola está localizada na Rua Marquês de São
Vicente, 238, na Gávea, e sua origem está ligada
à curiosa história de um ex-escravo chamado Zózimo,
conhecido como “Zé Índio”.
Conta-se que Zózimo era criado da família Pereira
da Silva, proprietária de uma fazenda no atual bairro da
Gávea, e sabia ler e escrever. Quando um dos filhos de
Pedro Pereira da Silva viajava, Zózimo o acompanhava.
Voltando
de uma viagem à Europa, em 1861, fundou uma escola no alpendre
da fazenda, a “Escola Zé Índio”, onde
ele ensinava “a cartilha e as matemáticas”,
pela mensalidade de meia pataca. A escola era frequentada
por filhos de escravos e pessoas sem posses, e se localizava no
chamado Beco do Buraco, hoje, Rua Duque Estrada.
O edifício atual foi entregue em 13 de dezembro de 1874,
em terreno doado à municipalidade pelo Sr. Antonio Francisco
de Faria, novo dono da fazenda, Foi erguido com recursos de subscrições
públicas e por doações feitas pelos membros
encarregados da própria construção. Além
do Sr. Antonio Francisco de Faria, também integravam a
comissão o Sr. Antonio Martins Lage e Domingos Xavier da
Silva Braga, que foram agraciados com a Comenda da Ordem da Rosa
por prestação de serviços relevantes à
instrução.
Em novembro de 1885, a Escola foi entregue à Irmandade
de Nossa Senhora da Conceição da Gávea, passando
a se chamar “Escola de Nossa Senhora da Conceição”.
Para promover sua administração, a Irmandade recebia
subvenções do Governo Imperial. Posteriormente,
já no início do século XX, a Escola passou
a ser chamada de “4ª Escola Mista do Distrito Federal”.
A partir de 1922, recebeu o nome de “Luiz Delfino”,
em homenagem ao médico e poeta catarinense.