O
fundador da escola foi o Dr. Manoel Francisco Corrêa,
paranaense, nascido em 1831. Faleceu aos 73 anos de idade, na
cidade do Rio de Janeiro, onde era conhecido como “Senador
Corrêa”. Formado em Ciências Sociais e Jurídicas,
desde moço esteve ligado à política. Foi
eleito Deputado
Geral em sucessivas legislaturas e entrou para o senado do Império.
O
Senador Corrêa era um apaixonado pela educação.
Em 1874, fundou a API (Associação Promotora de
Instrução), com o objetivo de difundir a instrução
entre as classes populares.
Em
1883, a API abriu duas escolas: a Santa Isabel, no Boulevard
28 de Setembro, e a Escola da Glória, atual Escola Municipal
Senador Corrêa, situada na Freguesia de Nossa Senhora
da Glória, na Rua São Salvador, com o objetivo
de formar professores. As aulas, diurnas e noturnas, eram todas
gratuitas e os alunos recebiam todo o material necessário.
Quando a ditadura do Estado Novo assumiu o ensino público
de formação de professores, a escola fechou, reabrindo
em 1950 e cedida ao Colégio de Aplicação
da UFRJ por 20 anos.
Em 1970, a API reassumiu o controle da escola mantendo-a com
um projeto pedagógico não-tradicional, baseado
nas ideias de Piaget, Paulo Freire e Freinet. Em 1998,
afundada em dívidas, a API fechou a escola.
Após
uma série de problemas envolvendo a venda do prédio,
seu tombamento e as pressões da comunidade contra a demolição
do mesmo e a favor de sua manutenção como escola,
a Senador Corrêa, totalmente restaurada, passou a fazer
parte das “Escolas Tombadas” da Rede Pública
Municipal de Ensino da Cidade do Rio de Janeiro.