Tendo
conhecimento de que a organização do currículo por
Ciclos já é uma experiência implantada em algumas
cidades, como Minas Gerais e Porto Alegre, a presente pesquisa abordará
este Sistema de Organização Curricular na cidade do Rio
de Janeiro.
O Município do Rio de Janeiro, por conceber o tempo e a organização
curricular de forma diferente, implantou os Ciclos de Formação,
onde são respeitadas as singularidades e os ritmos próprios
de cada indivíduo. A escola considera o desenvolvimento humano
como progressivo, portanto não deve haver retenção
nem retrocessos.
O Programa da Escola Plural, de Belo Horizonte, reformula a noção
de currículo, de processo ensino-aprendizagem e principalmente
organiza a lógica
temporal do Sistema Escolar de forma mais democrática. São
eliminados mecanismos de seletividade e de exclusão. Preocupam-se
com a formação real dos cidadãos, integrando dimensões
sociais e individuais na construção de uma nova escola.
A proposta da Escola Cidadã, realizada na Rede Municipal de Porto
Alegre, contrapõe-se à estrutura seriada e, numa organização
curricular mais flexível,
voltada ao desenvolvimento da aprendizagem de todos, busca construir um
currículo que possa proporcionar a emancipação das
classes populares.
Colaboram para tal realização: a gestão democrática,
o trabalho interdisciplinar, a teoria sócio-interacionista e a
avaliação emancipatória.
A presente pesquisa irá abordar a proposta do Município
do Rio de Janeiro, os conflitos quanto ao currículo escrito, que
giram em torno de um significado simbólico e um significado prático,
quando mostram as intenções que nele estão presentes
e quando estas servem para avaliar e analisar publicamente a escolarização. |