O século XX conheceu um dos pensamentos mais fulgurantes na área da educação: Anísio Teixeira, educador dedicado à nobre missão de conduzir os jovens rumo ao conhecimento crítico transformador. Não mediu esforços na guerra que empreendeu contra os argumentos dos pessimistas que teimavam em desacreditar na juventude, por considerá-la pouco preparada para a mudança. Revolucionou o conceito de escola pública e de ensino fundamental, arcando com a responsabilidade de fazer da educação de base o esteio de excelência incumbido de dar suporte a outras aprendizagens mais elaboradas.
Cuidou da socialização dos conteúdos e da democratização dos currículos escolares com a mesma disposição com que se aplicou aos estudos sobre a contribuição da República ao contexto da “res publica” como bem maior a que uma sociedade podia almejar. Defendeu a democracia, a ética e a nacionalidade como valores imprescritíveis e imprescindíveis à manutenção do sentido educativo da reflexão crítica como exercício de liberdade. Inspirou os educadores brasileiros a buscarem no futuro a vocação dialética necessária à implantação da tecnologia na educação como resposta ao desafio do progresso que se anunciava com a proximidade do terceiro milênio. Foi um lutador incansável na luta em prol da qualidade educativa e permanecerá “ad eternum” como o grande mentor intelectual da modernidade.