A Escola no Novo Milênio, Desafios para o Professor

Ano 2001
 
NOME: Luciene Silva de Sousa Cargo: PII
CORREIO ELETRÔNICO: cieninha@matrix.com.br
 
LOTAÇÃO: E.M. Hermenegildo de Barros E/3ª CRE
 
 
ANÁLISE E ESTRUTURA DE SOFTWARE EDUCATIVO NA MULTIEDUCAÇÃO
 

Na busca da construção coletiva do conhecimento, que em hipótese alguma deve ser privilégio de poucos, precisamos mais do que nunca construir pontes entre campos do conhecimento, como forma de levar nossos alunos a compreenderem o mundo de forma mais articulada e de se tornarem autores do conhecimento. (Multieducação, p. 32)
Com a inserção das tecnologias no ensino, e com a falta de softwares educativos desenvolvidos especialmente para os alunos da rede pública de ensino da cidade do Rio de Janeiro, é inevitável que daqui a alguns anos seja necessária a elaboração e o desenvolvimento de um software educativo que atenda às necessidades educacionais dos nossos alunos, fazendo deles construtores do próprio conhecimento e que leve em consideração em sua estrutura, os seus aspectos sócio-culturais.
Enquanto esse momento não se torna uma realidade, é preciso que dentro da capacitação do docente da rede municipal do Rio de Janeiro em informática educativa, a análise de softwares educativos e o estudo da sua estrutura seja apresentada como uma importante tarefa, a ser desenvolvida antes mesmo da elaboração dos Projetos de Ação Pedagógica; projetos esses que ganham novas possibilidades com o auxílio das tecnologias computacionais.
Para que a transição dos antigos materiais didáticos para as novas tecnologias de ensino se proceda de forma correta e na velocidade que se espera, é imprescindível que todo o aprendizado acumulado do professor seja respeitado.
Não se pode pretender capacitar o professor em informática educativa, ensinando-lhe os fundamentos básicos das ferramentas computacionais somente, pois ser um usuário de computador não implica necessariamente em ser um especialista em informática educativa.
É necessário que se faça sempre uma ponte entre as antigas e as novas tecnologias de ensino, para que o professor reconheça e identifique na ferramenta computacional as mesmas possibilidades que reconhecia no mimeógrafo ou no livro didático, afim de que crie e desenvolva atividades especialmente para os seus alunos utilizando o computador, e não somente ele; que utilize igualmente revistas, vídeos, músicas e etc.
As tecnologias que podem ser inseridas no contexto escolar não se resumem apenas aos softwares educativos. Estes porém são o que existe de mais viável financeiramente e os que possibilitam uma variedade muito grande de atividades.
Dentro de todas essas mudanças, cabe ao professor compreender que os movimentos de capacitação profissional são uma demonstração clara de que por mais que as tecnologias sejam importantes, o profissional da educação terá sempre assegurada a sua participação no processo de ensino-aprendizagem, sendo o mediador e o orientador das atividades dos seus alunos.
O computador não irá substituir o professor, nem o quadro de giz, nem os mapas, nem o globo terrestre, muitos menos os livros e revistas. Todo esse material irá continuar a existir na sala de aula, porém terão seu uso diversificado graças ao novo “olhar” que tanto o professor quanto seus alunos terão em relação aos mesmos materiais; pois ambos sempre estarão em busca de novos conhecimentos.