A Educação Como Estratégia de Inclusão; Desafios para o Educador

Ano 2002
 
NOME: Solange Leandro de Freitas Cargo: PII
CORREIO ELETRÔNICO: sfreitas@interajaonline.com
 
LOTAÇÃO: E.M. Prudente de Moraes E/2ª CRE
 
 
MINIMIZANDO A EXCLUSÃO DIGITAL - A UTILIZAÇÃO DE SOFTWARE LIVRE EM PROCESSOS EDUCACIONAIS PRESENCIAIS E À DISTÂNCIA
 

Com a necessidade crescente da busca pelas novas tecnologias, caracterizada principalmente pela possibilidade de compatibilizar o uso individualizado e a interatividade, percebe-se que os processos de inclusão digital, de formação continuada e de complementação da escolaridade não concluída devem fazer parte da vida das pessoas e que a escola deve repensar seus valores para oferecer a seus alunos a oportunidade de aprender a aprender.
O acesso à tecnologia, através de cursos presenciais ou não-presenciais, possibilita enfatizar o aprendizado prático e individualizado, o trabalho em equipe e a descoberta dirigida das informações, transformando-as em novos conhecimentos.
A educação à distância caracteriza-se numa abordagem conceitual que tem como principal desafio, relacionar a tecnologia com a metodologia, na perspectiva de transformar a informação recebida em conhecimento adquirido. Em comum, a tecnologia e a metodologia apresentam o acesso as mais recentes tecnologias da informação, a formação permanente do aluno e a possibilidade de complementação da escolaridade para aqueles que não a concluíram no tempo devido. O conhecimento do conteúdo, da tecnologia e a sua análise são complementados pelo aproveitamento da informação, quer dizer, o aluno deve ser capaz de ir além da informação e buscar novos conhecimentos.
A partir deste novo paradigma, podemos dizer que a educação à distância é uma alternativa viável e eficiente, pois pode atender a um grande número de pessoas dispersas geograficamente, oferecendo constante atualização das informações através de meios como a Internet.
A rapidez com a qual acontecem os processos de inovação tecnológica exige um esforço cada vez maior na formação do educando. Diante disto, tanto o desenvolvimento de novas formas de comunicação, como o barateamento do acesso às mesmas, deveria contribuir para um melhor desenvolvimento da educação.
No entanto, mesmo diante de tantas evidências da necessidade de trazermos a Informática para trabalhar de forma conjunta com a Educação, é possível perceber que poucas ainda são as iniciativas para buscar meios para que esta união aconteça.
No Brasil contamos com poucas instituições de cunho educacional que desenvolvem projetos com o intuito de minimizar a chamada exclusão digital e de oferecer, para todos os níveis de escolaridade, maior acesso às modernas tecnologias.
E quando o assunto é o uso de softwares livres, em oposição ao uso de software proprietários, como plataforma para cursos presenciais ou à distância ou para ambientes de EAD, vemos que mais difícil fica descobrir projetos e idéias, pois antigos paradigmas não são substituídos com facilidade.
É hora da Educação assumir uma postura mais mediadora, mais interativa e acima de tudo, mais atenta aos benefícios que a sua união com as novas tecnologias pode trazer para o crescimento do cidadão do novo século. E, como diz CASTORIADES (1992, p.107), em seu texto intitulado “Via sem saída?”.