Com
a necessidade crescente da busca pelas novas tecnologias, caracterizada
principalmente pela possibilidade de compatibilizar o uso individualizado
e a interatividade, percebe-se que os processos de inclusão digital,
de formação continuada e de complementação
da escolaridade não concluída devem fazer parte da vida
das pessoas e que a escola deve repensar seus valores para oferecer a
seus alunos a oportunidade de aprender a aprender.
O acesso à tecnologia, através de cursos presenciais ou
não-presenciais, possibilita enfatizar o aprendizado prático
e individualizado, o trabalho em equipe e a descoberta dirigida das informações,
transformando-as em novos conhecimentos.
A educação à distância caracteriza-se numa
abordagem conceitual que tem como principal desafio, relacionar a tecnologia
com a metodologia, na perspectiva de transformar a informação
recebida em conhecimento adquirido. Em comum, a tecnologia e a metodologia
apresentam o acesso as mais recentes tecnologias da informação,
a formação permanente do aluno e a possibilidade de complementação
da escolaridade para aqueles que não a concluíram no tempo
devido. O conhecimento do conteúdo, da tecnologia e a sua análise
são complementados pelo aproveitamento da informação,
quer dizer, o aluno deve ser capaz de ir além da informação
e buscar novos conhecimentos.
A partir deste novo paradigma, podemos dizer que a educação
à distância é uma alternativa viável e eficiente,
pois pode atender a um grande número de pessoas dispersas geograficamente,
oferecendo constante atualização das informações
através de meios como a Internet.
A rapidez com a qual acontecem os processos de inovação
tecnológica exige um esforço cada vez maior na formação
do educando. Diante disto, tanto o desenvolvimento de novas formas de
comunicação, como o barateamento do acesso às mesmas,
deveria contribuir para um melhor desenvolvimento da educação.
No entanto, mesmo diante de tantas evidências da necessidade de
trazermos a Informática para trabalhar de forma conjunta com a
Educação, é possível perceber que poucas ainda
são as iniciativas para buscar meios para que esta união
aconteça.
No Brasil contamos com poucas instituições de cunho educacional
que desenvolvem projetos com o intuito de minimizar a chamada exclusão
digital e de oferecer, para todos os níveis de escolaridade, maior
acesso às modernas tecnologias.
E quando o assunto é o uso de softwares livres, em oposição
ao uso de software proprietários, como plataforma para cursos presenciais
ou à distância ou para ambientes de EAD, vemos que mais difícil
fica descobrir projetos e idéias, pois antigos paradigmas não
são substituídos com facilidade.
É hora da Educação assumir uma postura mais mediadora,
mais interativa e acima de tudo, mais atenta aos benefícios que
a sua união com as novas tecnologias pode trazer para o crescimento
do cidadão do novo século. E, como diz CASTORIADES (1992,
p.107), em seu texto intitulado “Via sem saída?”.
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