O
trabalho discute o uso da mídia numa classe especial de alunos
com Retardo Mental, considerando a inclusão destes na comunidade
escolar e seus saberes aprendidos no meio em que vivem.
A reflexão sobre o uso da imagem e a participação
ativa de seus protagonistas, apoiou-se na construção do
conhecimento teórico da práxis da pesquisa aqui apresentada.
Pesquisa/ação existencial, que não espera alcançar
um resultado, mas sobretudo poder teorizar o próprio processo de
ação.
Procurando dividir como professora/agente a minha percepção
do mundo e dos alunos especiais. Apoiando-se e ao mesmo tempo libertando-me
da emoção vivida na prática. Um ritual de passagem
do cotidiano escolar nas suas limitações, mas sobretudo
do que foi realizado.
O trabalho desenvolveu-se e continuará se desenvolvendo, com outras
ações no uso da mídia, em uma escola situada, numa
área carente, na comunidade Cidade de Deus, e teve como principal
levantamento a ação dos alunos especiais na sua comunidade,
levando à escola à sua morada, seu barraco, sua casa. Expondo
seu mundo particular e seu orgulho de morar ali.
A contribuição deste trabalho consiste em vislumbrar o que
nosso aluno carrega como experiência e saberes da cultura em que
está inserido, fazendo com que a escola e seus professores não
esqueçam de ver e de se engajar numa procura por um olhar através
dos muros, muitas vezes invisíveis, impostos por nossa cultura
excludente.
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