Nosso primeiro contato com o "mundo" é sem dúvida a família que trás em seu bojo o saber que lhe foi conferido através das gerações. Este saber sistematizado, iniciado nas relações familiares, encontra na escola sua continuidade, diria mesmo sua cumplicidade. È na escola que o indivíduo se torna mais perfeitamente um produto do meio, pois a ela cabe reforçar a massificação do saber, restringindo e cerceando as idéias. Nesta escola, o papel do professor é discorrer sobre sua disciplina (o seu saber) e não interagir com o seu receptor (aluno), que na acepção exata da palavra recebe o saber e o reproduz sem "pensar", "agir" ou decodificar o que lhe é transmitido. A escola, entendida aqui como veículo da aprendizagem linear, aposta num futuro incerto, imperceptível para o aluno, aluno que não percebe mais as divisões lineares dos tempos "passado" e "futuro".
A tecnologia aliada à escola tem uma função extremamente relevante, pois atua mediadora da aprendizagem, levando o mundo para o espaço escolar. Cabe a escola que tem um saber linear e sistemático formar cidadãos capazes de conviver num mundo rrepleto de tecnologias que ele deve dominar, sobretudo compreender.
Porém, como é colocado no título do presente trabalho: a escola é "analógica" e o aluno é "digital". Como resolver este problema?
Quisera eu ter esta resposta, mas posso explanar minhas desconfianças em relação a esta problemática:
- A escola não é aliada do aluno para seu crescimento e sim cúmplice em seu fracasso;
- A escola não percebe o aluno na sua integridade e avalia somente alguns aspectos de seu desenvolvimento;
- A escola não é mais mediadora do conhecimento e da cultura;
- A escola não tem um olhar crítico sobre os discursos do momento.
A verdadeira aprendizagem se daria através da parceria entre o professor e o aluno. Caberia ao professor usar a tecnologia para dinamizar e orientar os alunos na construção do saber.