Proclamado como Dia Internacional da Mulher em 1910, durante uma conferência de mulheres, o 8 de março é uma data de mobilização e luta das mulheres pela conquista de espaço e de direitos. Essa data foi escolhida em homenagem às 129 operárias de Nova Iorque que morreram queimadas dentro da fábrica onde se manifestavam numa greve por melhores salários e condições de trabalho.

Nas quatro últimas décadas, as mulheres têm-se organizado de diferentes formas exigindo a participação igualitária entre homens e mulheres como elemento fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, sem discriminação em razão de etnia, de religião ou de fé, de deficiência, de idade, de orientação sexual ou de classe social. Embora as mulheres tenham conseguido avanços como o direito ao voto, acesso ao mercado de trabalho, participação na vida política, nos cargos públicos, na área científica, na economia e maior liberdade sexual, ainda são muitas as desigualdades e discriminações no dia-a-dia das mulheres, principalmente das mulheres negras e das nossas mulheres indígenas.

As lutas femininas têm apontado para as demandas das mulheres na garantia da igualdade de direitos e oportunidades e vêm comprometendo o poder público a se manifestar no cumprimento dos tratados e convenções dos quais o Brasil é signatário - e têm força de lei - que têm produzido alguns avanços e políticas públicas para promover o exercício da cidadania plena das mulheres.

Porém, ainda há muito a ser feito para que as mulheres alcancem sua autonomia e participem ativamente da luta pelos direitos das mulheres, enquanto direitos humanos, tão necessária à construção de uma sociedade mais democrática com a superação das desigualdades e de todas as formas de discriminação de gênero e raça.

Maria Edite C. R. Dantas Diretora do RIO MULHER